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Como escolher a sua mala medieval: Guia por materiais e estatuto social

Em tempos idos da história, onde os castelos se erguiam e os cavaleiros forjavam os seus destinos, um objeto humilde mas essencial acompanhava cada homem e mulher: a mala medieval. Longe de ser um simples recetáculo, este acessório era uma tela que narrava histórias de estatuto, riqueza e propósito. Atreve-se a desvendar os segredos que guardavam e a escolher o que melhor reflete a sua própria saga?

A Essência da Mala Medieval: Funcionalidade e Marcador Social

As malas na Idade Média não eram um capricho, mas uma necessidade imperiosa. A indumentária da época, desprovida dos bolsos tal como os conhecemos hoje, exigia soluções engenhosas para transportar os pertences mais preciosos. Desde moedas e documentos até relíquias e ferramentas, tudo encontrava o seu lugar nestes engenhosos recipientes. Mas para além da sua utilidade prática, cada mala era um reflexo do estatuto e da posição do seu portador na hierarquia social.

Materiais que Falam de Riqueza e Humildade

A fabricação de uma mala medieval começava com a escolha do material, um detalhe que por si só já denunciava a condição social do seu dono. Os couros, os tecidos e as peles conformavam o leque de opções, cada uma com o seu próprio simbolismo e custo.

Couro: O Símbolo de Resistência e Estima

O couro era o material por excelência, valorizado pela sua durabilidade e facilidade de trabalho. No entanto, nem todos os couros eram iguais:

  • Pele de Cabra ou Cordovão: Reservado para as elites e as classes abastadas, o cordovão, uma pele de cabra curtida com uma técnica especial, era um material de luxo apreciado pela sua suavidade e resistência.
  • Couro Cozido (Cuir Bouilli): Um couro endurecido através de um processo de cozedura, ideal para bolsas ou peças que exigiam maior rigidez e a capacidade de estampar designs intrincados.
  • Pele de Vitela: Utilizado em diversas manufaturas, desde tiras para pendurar até aos painéis de malas com aba, era um material de qualidade média com grande versatilidade.
  • Pele de Vaca: Mais acessível e robusta, a pele de vaca era a opção predileta para as classes menos abastadas, oferecendo durabilidade sem o custo das peles mais finas.
  • Peles de animais comuns: As classes camponesas recorriam a peles de animais pequenos e abundantes como a doninha, o coelho ou o cordeiro, que, embora modestas, cumpriam perfeitamente a sua função.

Tecidos: Da Aspereza do Trabalho à Opulência Nobre

Os tecidos também desempenharam um papel crucial, variando desde os tecidos humildes até os mais sumptuosos:

  • Linho, Lã e Algodão: Fibras naturais que formavam a base das malas das classes populares, resistentes e adaptáveis para o uso diário.
  • Seda e Veludo: Materiais de alto estatuto, frequentemente combinados com bordados opulentos. A influência bizantina introduziu na Europa estes tecidos requintados, transformando as malas em pequenas obras de arte. Estes eram adornados com fios de ouro e prata, por vezes até com pedras preciosas, refletindo o poder e a riqueza da nobreza.
  • Tecidos comuns e grosseiros: Para as classes mais humildes, tecidos como a sarja, o burel ou a estopa convertiam-se em malas simples, mas eficazes, perfeitas para os trabalhos do campo ou o transporte de bens básicos.
Material Estatuto Social Características
Seda e Veludo Classes abastadas, Alta sociedade Ricos bordados, influência bizantina, finos tecidos.
Pele de Cabra / Cordovão Classes abastadas, Nobreza Considerada pele para os mais abastados, muito resistente.
Couro Cozido (Cuir Bouilli) Uso geral para bolsas Couro endurecido, apto para designs estampados.
Pele de Vitela Uso geral Versátil, para tiras e painéis de malas.
Tecidos Comuns (Linho, Lã, Algodão) Classes populares, Camponeses Fibras naturais, funcionais e resistentes.
Pele de Vaca Classes menos abastadas Duradoura, opção económica.
Peles de Animais Comuns (Coelho, Cordeiro) Camponeses Materiais acessíveis, simples e funcionais.
Seda e Veludo
  • Estatuto Social: Classes abastadas, Alta sociedade
  • Características: Ricos bordados, influência bizantina, finos tecidos.
Pele de Cabra / Cordovão
  • Estatuto Social: Classes abastadas, Nobreza
  • Características: Considerada pele para os mais abastados, muito resistente.
Couro Cozido (Cuir Bouilli)
  • Estatuto Social: Uso geral para bolsas
  • Características: Couro endurecido, apto para designs estampados.
Pele de Vitela
  • Estatuto Social: Uso geral
  • Características: Versátil, para tiras e painéis de malas.
Tecidos Comuns (Linho, Lã, Algodão)
  • Estatuto Social: Classes populares, Camponeses
  • Características: Fibras naturais, funcionais e resistentes.
Pele de Vaca
  • Estatuto Social: Classes menos abastadas
  • Características: Duradoura, opção económica.
Peles de Animais Comuns (Coelho, Cordeiro)
  • Estatuto Social: Camponeses
  • Características: Materiais acessíveis, simples e funcionais.

Tipologias de Malas que Contaram Histórias

Desde a humilde esmolferia até a sofisticada mala Tarsoly, cada tipo de mala tinha o seu propósito e o seu lugar no mundo medieval.

A Esmolferia: Pequena, Prática e Universal

A esmolferia era uma pequena bolsa, frequentemente de tecido com um cordão para apertar, que se levava presa ao cinto. O seu nome sugere o uso para recolher esmolas na igreja, mas também era o lugar onde se guardavam moedas, rosários, pentes ou lenços. Homens e mulheres de todas as classes a usavam, embora os materiais variassem enormemente.

No século XIV, as malas-cinto de couro popularizaram-se, exclusivamente entre os homens. Eram robustas e prendiam-se ao cinto com duas presilhas, refletindo a sua natureza funcional e a sua conexão com o trabalho e a viagem. As mulheres e a burguesia, por sua vez, optaram por malas penduradas em correias ou alças, as quais, ao longo dos séculos, cresceram em tamanho e ornamentação por influência oriental, chegando a ser peças de deslumbrante beleza.

Barjoletas e “Pouchs”: A Diversidade do Couro

As barjoletas, recipientes de couro para conter matérias sólidas ou documentos, mostravam a versatilidade deste material. Podiam inclusive incorporar fechos e cadeados de ferro para proteger o seu conteúdo. Os “pouchs” vikings ou celtas, pequenos sacos pendurados ao cinto, eram igualmente funcionais e refletiam a estética das suas respetivas culturas.

A Ornamentação: Um Grito de Estatuto Silencioso

Enquanto as malas camponesas permaneciam sóbrias e funcionais, as da nobreza eram autênticas joias. Os bordados com fios de ouro e prata, as incrustações de pedras preciosas e os motivos heráldicos ou inspirados na natureza não só embelezavam a mala, mas comunicavam o poder e a riqueza do seu proprietário.

Mala medieval em couro modelo Tarsoly Magiar

Os cores também eram um indicador chave: os brilhantes e vibrantes eram símbolo de estatuto, enquanto os tons cinzentos e castanhos dominavam entre as classes baixas. Uma mala luxuosa, como uma de veludo e ouro, era uma declaração de riqueza para os homens de alto nível, um complemento indispensável para o seu traje.

Atualmente, esta fascinação pelas malas medievais persiste. As recriações históricas e os eventos temáticos procuram a autenticidade e a funcionalidade, combinando a fidelidade histórica com a durabilidade necessária para o uso moderno. Ao escolher a sua mala medieval, não está apenas a adquirir um acessório, mas um pedaço de história, uma declaração de estilo e uma conexão com um passado épico.

Esclarecendo incógnitas sobre as malas medievais

Que materiais eram mais comuns para as malas medievais?

Mala Medieval Beatriz Em Couro Gravado Castanho EscuroOs materiais mais comuns para as malas medievais eram o couro, a lona e os tecidos naturais como a lã e o linho. O couro, especialmente de animais como veado, porco, vaca e cabra, era muito apreciado pela sua resistência e facilidade de trabalho, sendo predominante tanto para modelos práticos como decorativos. Para as pessoas de menores recursos, também se utilizavam pedaços de tecido velho ou retalhos de pano. Além disso, as malas das classes altas podiam incorporar tecidos mais finos, bordados, adornos metálicos e veludos, refletindo o estatuto social.

Como se diferenciavam as malas dos nobres das dos camponeses?

As malas dos nobres diferenciavam-se das dos camponeses principalmente por materiais, design e ornamentação. Enquanto as malas camponesas eram simples, feitas com materiais disponíveis e resistentes como peles de animais comuns (cordeiro, coelho) ou fibras têxteis tingidas com elementos naturais, as malas da nobreza utilizavam peles selecionadas (como a de cabra), sedas, bordados com fio de ouro e prata, e eram adornadas com pedraria. Além disso, as malas nobres tinham designs mais sofisticados e cores variadas, em contraste com os tons cinzentos ou castanhos mais comuns nas malas camponesas. O fecho e a forma também podiam ser mais elaborados nas malas dos nobres, que serviam tanto para função prática como para mostrar estatuto social. Em contrapartida, os camponeses usavam malas mais funcionais e sóbrias.

O que simbolizavam as malas na Idade Média?

Na Idade Média, as malas simbolizavam tanto praticidade quanto estatuto social. Eram uma necessidade prática já que a roupa da época não tinha bolsos, e tanto homens quanto mulheres os utilizavam para levar os seus pertences pessoais, como dinheiro, objetos de uso diário e, em alguns casos, relíquias. Além disso, as malas também refletiam o estatuto social do seu proprietário, já que os materiais e decorações utilizados variavam de acordo com a classe social. As malas mais sofisticadas, adornadas com sedas, bordados de fio de ouro e prata, e pedraria, eram próprias das classes altas, enquanto as de couro ou tecido simples eram mais populares entre as classes baixas.

Que tipos de malas eram mais populares na Baixa Idade Média?

Bolsa de Cinto Medieval Com Cruz TempláriaOs tipos de malas mais populares na Baixa Idade Média (séculos XI ao XV) eram principalmente pequenos sacos chamados esmolferias, usados para levar dinheiro e objetos pequenos, e malas de couro que podiam ser feitas de pele de cabra para os mais abastados ou de pele de vaca para os menos abastados. Também existiam malas decoradas com sedas, bordados e pedraria, especialmente em contextos nobres influenciados pela cultura bizantina. As malas eram geralmente práticas e frequentemente estavam ocultas, já que a roupa não tinha bolsos.

No século XIV destacaram-se dois tipos: a mala de cinto de couro, que se pendurava no cinto através de presilhas, e malas mais elaboradas que funcionavam como complementos de moda.

Como o estatuto social influenciou o design das malas medievais?

Durante a Idade Média, o estatuto social teve um impacto significativo no design e nos materiais utilizados nas malas. As classes altas preferiam malas elaboradas e sofisticadas, frequentemente feitas de couros de alta qualidade como o de veado ou porco, e adornadas com bordados e acabamentos decorativos. Estas malas não só eram funcionais como também obras de arte que refletiam a riqueza e o estatuto do seu dono.

Por outro lado, as classes populares utilizavam malas mais simples, fabricadas com materiais menos custosos como tecidos velhos ou retalhos de pano. Embora também fossem práticas, não tinham o mesmo nível de sofisticação ou decoração que as utilizadas pelas classes nobres.

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