A espada não é apenas uma arma; é um símbolo de poder, de justiça, de honra e, em muitos casos, um objeto de lenda. Ao longo da história, certas espadas famosas transcenderam a sua função original para se tornarem mitos, narrando os feitos dos heróis e reis que as empunharam. Neste artigo, não é fácil escrever sobre todas, já que ao selecionar algumas, certamente outras também muito importantes ficarão de fora. Mas assinalaremos as mais conhecidas ao longo dos tempos, tentando seguir uma ordem cronológica, e aprofundaremos na sua história, design, e legado. Acompanhe-nos nesta viagem através da forja do tempo, onde cada lâmina conta uma história épica.
1. A Falcata Pré-Ibérica: A Forja de um Povo
Considerada a espada dos primeiros povoadores da península Ibérica, a Falcata é um exemplo excecional de design funcional. Era a arma principal com que os iberos lutaram nas batalhas da sua época. A sua característica mais distintiva é a sua lâmina, com uma curvatura que lembra uma “asa de falcão”, desenhada não só para cortar, mas também para penetrar com uma potência devastadora na horizontal. Este design original, tão eficaz no combate corpo a corpo, não se repetiu na história da esgrima. A sua ergonomia e a eficácia do seu peso faziam dela uma arma letal e única, símbolo da habilidade metalúrgica dos povos pré-romanos.
2. Gladius, a Espada Romana que Conquistou um Império
Se a Falcata foi a espada dos ibéricos, o Gladius foi a arma romana por excelência, uma das espadas mais famosas da Antiguidade. Era uma espada curta, larga e pontiaguda, ideal para o combate corpo a corpo em formações fechadas, como as falanges das legiões romanas. O seu design foi pensado para a estocada direta, causando grandes danos ao oponente. O escudo romano, o scutum, complementava a eficácia do Gladius, permitindo ao legionário proteger-se e atacar num único movimento fluido. Foi uma ferramenta-chave na expansão do Império Romano, demonstrando que a disciplina e o engenho militar podiam superar a força bruta de outras civilizações.
3. A Espada de Alexandre o Grande: O Legado de um Conquistador
Alexandre III da Macedónia, conhecido como Alexandre o Grande, não é apenas lembrado pelas suas campanhas militares, mas também pelo simbolismo da sua espada. Este monarca, considerado um dos líderes militares mais importantes da História, conquistou o Império Persa e expandiu as fronteiras do seu reino até à região do Punjab. Embora a espada que usou em vida não tenha sido identificada com certeza, as réplicas que lhe são atribuídas evocam a audácia e a ambição do rei. Diz-se que antes da sua morte, planeava conquistar a Europa e encontrar o “fim do mundo”, uma ideia que o seu tutor, Aristóteles, lhe havia incutido. A espada de Alexandre é um símbolo de conquista e da busca insaciável do desconhecido, forjando um império com cada golpe.
4. A Espada Vikinga: O Poder dos Bárbaros e Nórdicos
A espada vikinga é um reflexo da sua época e dos guerreiros que a empunhavam. Desenhada para infligir terror, o seu tamanho brutal, largura e peso faziam dela uma arma temível. Não era de fácil manobrabilidade, mas era a apropriada para um mundo em que a força era a lei. As suas lâminas eram robustas e poderosas, ideais para um único e certeiro golpe. Para um guerreiro nórdico, a sua espada era um sinal de autoridade e respeito, uma companheira nas suas expedições de saque e exploração através dos mares. A cultura vikinga valorizava as armas de qualidade, e a posse de uma boa espada era um símbolo de estatuto social e da capacidade de defender o que é seu.
5. Excalibur: A Espada Mítica do Rei Artur
A história de Excalibur pertence ao reino da lenda e da literatura, embora se discuta se Artur ou um personagem similar existiu realmente. O que é inegável é o impacto desta espada no imaginário coletivo. Segundo a lenda, a espada da rocha, que só o legítimo rei da Britânia podia extrair, foi a arma que legitimou o reinado de Artur. Esta espada mágica e misteriosa está intimamente ligada aos Cavaleiros da Távola Redonda e ao ideal de justiça e honra. O ato de Artur ao extrair a lâmina da rocha, com a facilidade de sempre, simboliza a escolha divina e a legitimidade do seu poder. Uma arma com um significado para além da batalha, que inspirou os valores de um reino lendário.
6. A Espada de Carlos Magno: O Símbolo do Sacro Império
Carlos I o Grande, imperador do Oeste da Europa, unificou vastos territórios e tornou-se uma figura fundamental na história do continente. A sua espada, cujo nome e paradeiro exato são frequentemente objeto de debate, representa a união de poder militar e fervor religioso. Atribui-se-lhe a expansão do cristianismo e o governo do maior reino desde a queda do Império Romano. A espada de Carlos Magno simboliza a unificação dos reinos francos e a fundação do Sacro Império Romano-Germânico, uma arma que serviu para forjar uma nova ordem na Europa medieval.
7. Tizona e Colada: As Espadas do Cid Campeador
Pertenceram ao famoso cavaleiro castelhano Rodrigo Díaz de Vivar, conhecido como “El Cid Campeador”. Estas duas espadas lendárias, a Tizona e a Colada, são inseparáveis do mito do herói espanhol. El Cid, fiel vassalo do rei Afonso VI, participou na reconquista de Toledo e mais tarde conquistou Valência, demonstrando a sua destreza militar e a sua honra. A Tizona é descrita como uma espada de grande valor, que infundia medo nos seus inimigos. A Colada, por sua vez, era a arma que El Cid ganhou em combate. Juntas, estas espadas representam a valentia, a astúcia e a lealdade de um herói que lutou pela sua honra e pela sua terra.
8. A Cimitarra ou Espada Árabe: A Arte da Curva
Durante a invasão árabe, a produção da cimitarra popularizou-se em cidades como Toledo, que se tornou um centro importantíssimo da esgrima. A cimitarra distingue-se pela sua lâmina curva, larga e com um só fio. O seu design não é casual; a sua curvatura permite que, ao atacar a cavalo, a lâmina não se incruste no oponente, mas sim que corte e siga a sua trajetória. Isso a convertia numa arma ideal para a cavalaria. Com uma guarda que se eleva em direção ao punho e uma empunhadura protetora, a cimitarra foi a arma preferida pelos guerreiros árabes, uma amostra da inovação no design de espadas históricas e da sua adaptação a um estilo de combate particular.
9. As Espadas dos Cavaleiros Templários: A Fé Forjada em Aço
A Ordem do Templo, fundada em 1118 para proteger os peregrinos e os Lugares Santos, foi uma das forças militares mais organizadas e temidas do século XIII. As espadas templárias eram ferramentas de guerra para os cavaleiros de Deus, que combinavam o fervor religioso com o feito bélico. Com uma estrutura militar bem definida, os Templários eram a força de choque nas Cruzadas, sempre na vanguarda no ataque e na retaguarda nas retiradas. As suas espadas, geralmente retas e de duplo fio, eram um símbolo do seu compromisso com a Igreja e a cristandade. Representavam a união das duas grandes paixões da Idade Média: a fé e a guerra.
10. A Espada de Afonso VI: O Rei da Reconquista
Afonso VI, herdeiro da coroa de Leão, foi uma figura-chave no avanço da Reconquista na Península Ibérica. A sua espada simboliza a consolidação dos reinos cristãos e a luta contra o avanço africano. Juntamente com o Cid Campeador, conseguiu conter as forças árabes e reconquistar importantes praças como Valência e Toledo, o seu feito mais importante. As réplicas da sua espada refletem o poder e a autoridade de um monarca que conseguiu anexar vastos territórios e cujo reinado foi crucial para a história de Espanha. A sua espada é um emblema da reconquista e do ressurgimento dos reinos cristãos.
11. A Espada de Fernando III: O Rei Santo que Unificou Reinos
Filho de Afonso IX de Leão e Berengária de Castela, Fernando III, conhecido como o Rei Santo, unificou sob a sua coroa os reinos de Leão e Castela. A sua espada foi um instrumento fundamental no processo da Reconquista, permitindo-lhe ganhar praças cruciais como Sevilha e Córdova. Diz-se que o seu filho, Afonso X, também a deve ter possuído e que na sua obra Las Siete Partidas destacava os quatro valores que toda a espada devia encarnar: Prudência, Fortaleza, Moderação e Justiça. Esta arma não só serviu para a guerra, mas tornou-se um símbolo dos valores morais e éticos que um bom rei devia seguir.
12. A Espada de Ricardo Coração de Leão: O Herói das Cruzadas
Ricardo I de Inglaterra, mais conhecido como Coração de Leão, foi um rei e nobre cavaleiro cruzado, famoso pela sua coragem e valor na batalha. A sua espada, uma arma de grande tamanho e presença, é sinónimo da força e da bravura do seu portador. Ricardo recebeu o seu famoso cognome nas cruzadas, onde foi comparado a um leão pela sua valentia em combate. A sua destreza com a espada e a sua liderança inspiraram numerosos poetas e literatos. A espada de Ricardo Coração de Leão é um símbolo das cruzadas e da figura do cavaleiro ideal, uma arma que representa o valor pessoal e a determinação inabalável.
13. A Espada de Jaime I: O Conquistador de Aragão e Maiorca
Jaime I de Aragão, o Conquistador, foi um rei que deixou uma marca indelével na história da Península Ibérica. Conde de Barcelona e Rei de Aragão e Maiorca, a sua espada foi fundamental para continuar a Reconquista e ajudar os Reis de Castela a lutar contra o invasor árabe. Conquistou as Ilhas Baleares e o Reino de Valência, expandindo a sua influência pelo Mediterrâneo. A espada de Jaime I, uma arma imponente da época, é um testemunho da expansão territorial da Coroa de Aragão e da tenacidade do seu rei, que não hesitou em pegar em armas para proteger e expandir os seus domínios.
14. A Espada de William Wallace: O Símbolo da Liberdade da Escócia
William Wallace, um valente guerreiro escocês, é uma das figuras mais icónicas na luta pela independência do seu país. A sua espada, de enormes dimensões, é um símbolo da resistência contra a ocupação inglesa e do Rei Eduardo I. Wallace foi um homem bem-educado para a sua época e um líder carismático que soube inspirar o seu povo para a batalha. Embora tenha sido capturado e executado, o seu legado perdurou, e a sua espada tornou-se um símbolo da liberdade e da independência escocesa. Este tipo de montante, ou espada de duas mãos, era uma arma pesada e poderosa, ideal para quebrar as formações inimigas.
15. A Claymore do Leão da Escócia: Majestade e Poder
A Claymore é uma das espadas de duas mãos mais reconhecíveis e famosas da história da Escócia. Neste caso, associa-se à figura de Jaime I, chamado “O Leão da Escócia”. Este rei, coroado em 1424, destacou-se pela sua mão firme no governo, reduzindo as atribuições dos nobres feudais e promovendo a unificação de leis e medidas no seu reino. A sua bravura na batalha valeu-lhe o cognome de “O Leão da Escócia”. A Claymore é uma arma de grande tamanho, desenhada para a batalha em grande escala, e a sua silhueta imponente torna-a um símbolo do orgulho e da fortaleza escocesa. É uma das espadas de coleção mais procuradas pela sua majestade.
16. O Montante dos Reis Católicos: A Conquista de um Reino
O Montante dos Reis Católicos é uma das espadas mais espetaculares e com maior significado na História de Espanha. Esta mítica espada de cerimónia não só foi utilizada para nomear cavaleiro Cristóvão Colombo, mas também foi um estandarte em todos os atos públicos e religiosos significativos do seu reinado, incluindo a conquista de Granada. O seu tamanho e o seu design tornavam-na ideal para estas cerimónias, simbolizando o poder e a unificação dos reinos de Castela e Aragão. É um emblema da consolidação de um reino e do início de uma nova era, a do Império Espanhol.
17. A Espada de Cristóvão Colombo: O Descobrimento do Novo Mundo
O sábio geógrafo e navegador Cristóvão Colombo concebeu e amadureceu um projeto colossal: a exploração das Índias pelos mares ocidentais. Depois de múltiplos contratempos, conseguiu o apoio dos Reis Católicos. A sua espada, uma arma comum da época, adquiriu um significado histórico ao ser empunhada pelo homem que zarpou do Porto de Palos a 3 de agosto de 1492 e, a 12 de outubro do mesmo ano, tocou terra americana. A espada de Colombo é um símbolo do descobrimento, da valentia para se aventurar no desconhecido e do início de uma nova etapa na história da humanidade.
18. A Espada do Grande Capitão: Forjadora do Exército Espanhol
Gonzalo Fernández de Córdova, conhecido como o “Grande Capitão”, foi um homem de altíssimo prestígio militar no século XV e XVI. A sua espada simboliza a modernização do exército e a criação da infantaria que seria a base do Império Espanhol. O Grande Capitão alcançou as suas primeiras façanhas na conquista de Granada e destacou-se nas campanhas da Sicília e Nápoles. A sua espada não era apenas uma ferramenta de guerra, mas um símbolo de liderança militar que lançou as bases para o império mais poderoso do seu tempo, demonstrando que o engenho tático e a disciplina eram tão importantes quanto a força.
19. A Espada de Garcia Paredes: A Força do ‘Sansão da Extremadura’
Diogo Garcia de Paredes, apelidado “O Sansão da Extremadura” e “Hércules de Espanha” pela sua extraordinária força física, foi um famoso capitão espanhol. A sua espada é um reflexo da sua destreza e do seu poderio no campo de batalha. Militou em Itália como chefe das tropas do Grande Capitão, o seu mentor e homem de máxima confiança. A sua figura e a sua espada representam a valentia individual e a força inigualável no combate corpo a corpo. As espadas de coleção inspiradas nele evocam a imagem do soldado ideal da sua época, que com a sua força e determinação pôde mudar o curso das batalhas.
20. A Espada de Carlos I: O Símbolo de um Império sem Sol
Carlos I de Espanha e V da Alemanha, conhecido como “O Imperador”, foi o monarca que conseguiu reunir sob o seu mandato um império tão imenso que se dizia que nele “nunca o sol se punha”. Herdou dos seus avós, os Reis Católicos e Maximiliano da Áustria, vastos territórios em Espanha, América, Nápoles, Sicília, Flandres e Áustria. A sua espada é um símbolo deste imenso poderio, de um monarca que governou o maior reino desde os tempos de Carlos Magno. Representa a fusão de coroas e a consolidação de um império global.
21. A Espada de Hernán Cortés: A Conquista do Império Asteca
Hernán Cortés, o valente e ousado conquistador espanhol, é uma das figuras mais controversas da história. A sua espada, uma arma da época, tornou-se um instrumento-chave na queda do império azteca no México. Cortés, que por via materna era primo segundo de Francisco Pizarro, demonstrou uma astúcia e uma ousadia militar que lhe permitiram realizar uma das conquistas mais importantes do Novo Mundo. A espada de Cortés é um símbolo da conquista, do choque de duas civilizações e de uma nova era na história da América.
22. A Espada de Francisco Pizarro: O Conquistador do Peru
Francisco Pizarro, o explorador e conquistador espanhol do Peru, foi o artífice da queda do Império Inca. Assim como o seu primo Hernán Cortés, a sua espada foi uma peça fundamental na campanha que culminou com a conquista de um império. Pizarro demonstrou uma tenacidade e uma determinação inabaláveis, liderando uma expedição que, apesar da sua inferioridade numérica, conseguiu subjugar uma das maiores civilizações da América. A espada de Pizarro é um emblema da conquista do Peru e de uma história que mudou para sempre o destino do continente sul-americano.
23. A Espada de Dom Quixote: O Idealismo Forjado em Aço
No século XVI, a pena de Cervantes deu vida a Dom Quixote de La Mancha, um cavaleiro andante com um elevado sentido do dever e da honra que beirava a loucura. A sua espada, uma arma bastante comum, tornou-se um símbolo do seu idealismo e das suas mais disparatadas aventuras. Dom Quixote atacou moinhos de vento acreditando que eram gigantes e rebanhos de carneiros tomados por exércitos inimigos, sempre em defesa da sua amada Dulcineia del Toboso. A espada de Dom Quixote é um símbolo da luta pelos ideais, mesmo que estes pareçam loucos, e da perseverança na busca da honra e da justiça, ainda que num mundo que já não os valoriza.
24. O Florete Francês dos Mosqueteiros: Uma Arma de Elegância e Destreza
Em 1622, o rei Luís XIII criou o corpo especial dos Mosqueteiros, um grupo de elite dedicado à sua proteção. Anos mais tarde, Alexandre Dumas inspirar-se-ia neles para a sua famosa novela Os Três Mosqueteiros, onde os queridos Athos, Porthos, Aramis e D’Artagnan usavam o florete francês. Esta espada, mais leve e estilizada que as anteriores, é um símbolo de elegância e destreza no combate. Os mosqueteiros utilizavam-na em defesa da rainha e da monarquia, demonstrando que uma arma não só era eficaz pela sua força, mas também pela habilidade e agilidade de quem a esgrimia. O florete é a precursora das espadas de esgrima modernas, onde a técnica se sobrepõe à força bruta.
25. O Sabre Francês de Champagne Briquet: A Arma de Napoleão
O sabre “El Briquet” é um sabre curto e de fácil manuseamento, popular durante a Revolução Francesa. Foi uma arma fundamental nas campanhas de Napoleão Bonaparte, pois foi fornecido às tropas de infantaria, granadeiros e artilharia. O seu design, prático e eficaz, tornou-o ideal para o combate em formações fechadas e como arma de apoio para o mosquete. Este sabre é um símbolo das guerras napoleónicas, das grandes conquistas do imperador e da modernização dos exércitos no século XIX. Representa a mudança na forma de fazer a guerra, onde a massificação das tropas e a funcionalidade das armas se sobrepunham à beleza do design.
26. As Espadas Rapiere ou Rodeiras: A Moda e o Duelo do Século de Ouro
As espadas rodeiras, também conhecidas como rapiere, nascem da necessidade dos cavaleiros da alta sociedade de usar uma arma elegante e funcional. Usavam-se com os melhores trajes, os mais caros e elegantes, como um acessório mais da moda. Este tipo de espadas, com a sua lâmina longa e fina, eram totalmente opostas às pesadas espadas da baixa Idade Média. São as precursoras do atual florete de esgrima, um desporto que emprega a inteligência, a rapidez e a arte, em vez da força bruta. As mais destacadas são a Rodeira Toledana e a Rodeira Flor de Lis, cada uma com um design único que reflete a mestria da sua forja.
27. A Rodeira Toledana: A Elegância da Espada Espanhola
A Rodeira Toledana é uma das espadas mais elegantes do Século de Ouro espanhol. Com um impressionante design na sua cruz, soldada com infinitos pedaços de latão e um punho de veludo vermelho, esta espada é uma obra de arte. A sua lâmina é finíssima e tem um estreitamento na parte superior que servia para meter os dedos indicador e médio, permitindo um empunhamento mais firme e movimentos mais precisos. O seu design demonstra que a funcionalidade e a beleza podiam andar de mãos dadas, tornando-a uma das espadas mais famosas da esgrima toledana, reconhecida pela sua qualidade a nível mundial.
28. A Rodeira Flor de Lis: A Influência Francesa na Espada
De origem francesa, a Rodeira Flor de Lis distingue-se pela sua cazoleta dourada que protege o contendente e pelo seu elegante veludo azul na empunhadura. O seu design é inspirado na fleur de lys, o famoso emblema da monarquia francesa. Assim como a rodeira toledana, é uma arma leve e estilizada, ideal para o duelo e o combate singular. A Rodeira Flor de Lis é um exemplo de como os elementos culturais e artísticos de uma época se refletiam no design das espadas, tornando-as objetos de distinção e moda.
29. A Espada de Carlos III: A Iluminação do Rei Político
Carlos III de Bourbon, conhecido como “O Político”, foi um monarca ilustrado que reinou em Espanha no século XVIII. A sua espada é um símbolo do seu reinado, marcado pelo fomento do crescimento cultural e económico. Foi o fundador da Real Fábrica de Armas de Toledo, que se tornaria uma referência mundial na produção de armas brancas. A espada de Carlos III, com o seu design refinado e sóbrio, representa a transição das espadas de guerra para armas de cerimónia e estatuto, próprias de um rei que se preocupava mais com o bem-estar do seu povo do que com as conquistas militares.
30. O Espadim de Napoleão I Bonaparte: O Símbolo do Gênio Militar
Napoleão Bonaparte, um dos maiores génios militares da História, não é apenas lembrado pelas suas campanhas bélicas, mas também pelo simbolismo do seu espadim. Esta arma, leve e elegante, era ideal para o combate a curta distância e em duelos pessoais. O espadím de Napoleão, que o acompanhou em muitas das suas vitórias, é um símbolo da sua astúcia tática e da sua liderança inabalável. Representa uma das épocas mais convulsas da história da Europa e o auge e a queda de um império forjado por um homem que acreditava no seu próprio destino. Esta peça é uma das espadas históricas mais icónicas e procuradas por colecionadores.
31. A Espada dos Maçons: Símbolo de Justiça e Verdade
A espada dos Maçons é um objeto ceremonial que reúne grande parte dos símbolos da Maçonaria, como o compasso, o esquadro, o prumo e o martelo. Como instrumento através dos tempos de justiça, verdade, igualdade e firmeza, a espada tem sido utilizada pelos maçons em todas as suas grandes cerimónias. É um símbolo do compromisso com a fraternidade, a honestidade e a retidão moral. Mais do que uma arma de guerra, é um símbolo de valores e da busca da iluminação e da perfeição pessoal.
32. A Katana: A Alma do Samurai
A Katana não é apenas uma espada; era considerada como a alma do Samurai. Com um corte perfeito, capaz de cortar com precisão de um só traço, a sua elaboração de liga de aço e carbono tornava-a flexível e muito resistente. A sua beleza, o seu lacado e as suas finas sedas em que se guarda convertem-na numa obra de arte. As Katanas eram usadas nas cerimónias de primeira importância e tinham um significado espiritual. O “Tachi” foi a mais apreciada entre as espadas, seguido pela Katana e o “Wakizashi”. Hoje em dia, a Katana continua a ser uma arma principal do exército e da guarda real japonesa, e é usada em cerimónias de importância, com um conotado carácter sagrado.
33. Tachi e Wakizashi: Os Complementos da Katana
Para compreender a Katana, é crucial conhecer as suas companheiras. O Wakizashi era a espada curta do samurai, que se levava junto à Katana, formando o que se conhece como o daishō, o par de espadas que definia o estatuto do samurai. O Tachi, por sua parte, era uma espada japonesa algo mais curvada e longa que a Katana, usada principalmente pela cavalaria. Estas espadas, espetaculares não só do ponto de vista técnico, mas também artesanal, com os seus metais trabalhados e as suas linhas de gravuras, demonstram a profunda conexão entre o guerreiro e a sua arma na cultura japonesa.
Como Escolher a tua Espada Famosa: Guia para Colecionadores e Apaixonados
Viajámos pela história, desde as espadas da antiguidade até às katanas dos samurais, e é provável que te tenhas apaixonado por uma ou várias destas peças. Se és um colecionador experiente ou um amador que procura a sua primeira réplica, a escolha de uma espada famosa depende de vários fatores:
- Perfil do Utilizador:
- Principiante ou Amador Ocasional: Se procuras uma peça para decorar ou como primeira abordagem, podes optar por réplicas de espadas históricas com acabamentos mais simples. Pensa em que época ou personagem te chama mais a atenção.
- Colecionador ou Especialista: Se já tens experiência, provavelmente procurarás a réplica mais fiel, fabricada com materiais de alta qualidade e detalhes históricos precisos. As espadas de marcas reconhecidas pela sua artesania serão a tua melhor opção.
- Estilo da Espada:
- Espadas de Uma Mão e Meia (Longswords): São muito versáteis e emblemáticas da época medieval, como a de Ricardo Coração de Leão.
- Espadas de Duas Mãos (Montantes ou Claymores): Ideais para colecionadores que procuram uma peça de grande tamanho e presença, como o Montante dos Reis Católicos.
- Espadas Leves e de Duelo (Rapiere ou Florete): Perfeitas se te atrai a elegância, a destreza e o estilo de combate da esgrima, como as que usavam os mosqueteiros.
- Material e Acabamento:
- Aço Inoxidável: Ideal para réplicas de decoração, já que não requer uma manutenção tão rigorosa.
- Aço Carbono: Preferido pelos colecionadores que procuram réplicas mais fiéis e funcionais. Requer cuidados para evitar a corrosão.
Seja qual for a tua escolha, adquirir uma réplica de uma destas espadas famosas é trazer para casa um pedaço de história e um símbolo do valor, da honra e da lenda que definiram os grandes heróis da humanidade. Se estás pronto para começar a tua coleção ou adicionar uma nova peça à tua casa, explorarás um catálogo com uma variedade inigualável de réplicas de espadas medievais, históricas e de fantasia, prontas para serem admiradas e colecionadas.











































