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Sabres de cavalaria e sabres de infantaria: história, diferenças e guia completo

Um fio no tempo: por que os sabres de cavalaria e de infantaria contam histórias de guerra e honra

O que distingue um sabre de cavalaria de um de infantaria? A resposta está na forma como o guerreiro se movia: montado no dorso de um cavalo ou firme na lama da batalha a pé. Os sabres não são apenas ferramentas de aço; são testemunhas de cargas épicas, manobras elegantes e transformações táticas. Neste artigo, descobrirás como evoluíram, que diferenças técnicas e táticas os separam, e por que hoje continuam a ser símbolos cerimoniais e objetos de coleção.

Evolução histórica do sabre: de arma de cavalaria a símbolo cerimonial

A história do sabre percorre estepes, acampamentos e campos de batalha. Desde as suas primeiras variantes curvas nas estepes euroasiáticas até ao seu apogeu nas Guerras Napoleónicas e a sua lenta transição para a cerimónia, esta arma conta a história da adaptação militar. De seguida, apresenta-se uma cronologia detalhada com os marcos mais relevantes.

Época Evento
Origens e Primeiras Manifestações (Séculos VI – XV)
Século VI d.C. Surge no sul da Sibéria uma variante de espada mais longa e ligeiramente curva, precursora do sabre, conhecida como “protosabre” ou sabre turco-mongol.
Século VIII d.C. O “protosabre” evolui até se converter no verdadeiro sabre de cavalaria nas estepes euroasiáticas.
Século IX d.C. O sabre chega à Europa com os magiares e a expansão turca; húngaros, polacos e outros povos eslavos adotam-no para a cavalaria.
Século XIV Aparece a palavra húngara “szabla” (sabre).
Século XV A palavra alemã “säbel” (sabre) é registada por escrito.
Expansão na Europa e Consolidação (Séculos XVI – XVII)
Século XVI O sabre começa a substituir a espada reta como arma preferida da cavalaria na Europa; os hussardos húngaros impulsionam a sua difusão.
Séculos XVI-XVIII Na Comunidade Polaco-Lituana, a “szabla” consolida-se como arma de cavalaria e símbolo da nobreza, substituindo por vezes espadas retas de infantaria.
Século XVII O tipo “szabla” influencia a introdução formal do sabre na Europa ocidental; durante a Guerra dos Trinta Anos, estende-se como arma padrão da cavalaria ligeira e ganha uso entre a infantaria.
A Época Napoleónica e o Século XIX: Especialização e Adaptação
1767 (França) É introduzido o sabre curto tipo “Briquet” como arma para a infantaria, eficaz em combate corpo a corpo e como ferramenta de acampamento.
1768 (Espanha) Ordenança que limita o armamento de chefes e oficiais; mais tarde, em 1796, ao privar oficiais do fuzil, generaliza-se a necessidade do espadim e de sabres mais eficazes para combate a pé.
1803 (Grã-Bretanha) É autorizado um modelo de sabre específico para oficiais de infantaria, inspirado no sabre de cavalaria ligeira de 1796.
1806 (França) O sabre “Briquet” é nomeado oficialmente em França.
1815 (Espanha) São estabelecidos os primeiros modelos regulamentares de sabres de cavalaria “do ano de 1815”, com variantes para cavalaria de linha e ligeira, influenciados por modelos franceses.
1821 (França / Espanha) O sabre francês de Oficial de Infantaria, modelo 1821, generaliza-se no exército espanhol por influência e moda; há exemplares de fabrico nacional e francês.
1825 (Espanha) Aprovação de novos modelos para a Cavalaria da Guarda Real: espada de montar para cavalaria de linha e sabre para cavalaria ligeira (com monterilla rematada em chapéu).
1825-1870 (Espanha) Uso prolongado do sabre modelo 1825 para cavalaria ligeira, incluindo a sua variante para oficiais.
1831 (EUA e Grã-Bretanha) A espada “mameluca” é adotada como padrão para generais britânicos e para oficiais do Corpo de Fuzileiros dos Estados Unidos; mantém-se em uso até à atualidade.
1832 (Espanha) É introduzida a espada de montar Md. 1832 para Cavalaria de linha, diferenciada do modelo de 1825 principalmente pela lâmina.
1840 (Espanha) Aprovação do “sabre Md. 1840 para Cavalaria ligeira”, um dos últimos modelos com guarda de três gavilões.
Década de 1850 (Espanha) Declínio do uso de sabres de lâmina larga para oficiais de infantaria, sendo substituídos por sabres de lâmina mais estreita.
1854 (Guerra da Crimeia) A Carga da Brigada Ligeira demonstra a vulnerabilidade da cavalaria contra a artilharia moderna, embora o ato imortalize o valor do sabre na carga.
1863 (Guerra Civil Americana) O sabre é usado em ações de cavalaria como Brandy Station e Gettysburg, embora muitos soldados prefiram revólveres e carabinas.
1870-1871 (Guerra Franco-Prussiana) A cavalaria continua a ter relevância tática, participando em cargas significativas como na Batalha de Gravelotte.
1881 (Império Russo) Os sabres são substituídos pela shashka no exército russo, embora alguns regimentos da guarda e oficiais conservem o sabre como arma pessoal.
Declínio como Arma de Combate e Transformação Cerimonial (Séculos XX – XXI)
Início do Século XX O papel do sabre no combate diminui com o avanço das armas de fogo; as cargas de cavalaria deixam de ser taticamente decisivas.
1913 (EUA) É emitido o sabre Patton, último sabre para a cavalaria americana, desenhado reto e para estocada.
1914 (Primeira Guerra Mundial) A guerra de trincheiras e as metralhadoras tornam quase impossíveis as cargas de cavalaria; o sabre permanece apenas nos primeiros meses da guerra móvel.
1921 (Espanha) O Regimento Alcántara realiza heroicas cargas durante o “Desastre de Annual” em Marrocos, protegendo a retirada das tropas espanholas.
Década de 1930 A maior parte da cavalaria montada a cavalo é substituída por unidades blindadas.
1934 (EUA) O Departamento de Guerra anuncia que o sabre deixa de ser uma arma de combate para a cavalaria, limitando o seu uso a distintivo de patente e para fins cerimoniais.
1939-1941 (Alemanha / Roménia) Em 1939, a cavalaria alemã ainda porta o sabre após a campanha polaca (mais tarde armazenado em 1941). Na Roménia, a cavalaria utiliza os seus sabres retos de “empurrão” pelo menos até 1941.
1950 (Bélgica) A Gendarmeria belga emprega sabres até, pelo menos, esta data.
1965 (Suécia) As forças policiais suecas usam sabres até este ano.
Atualidade O sabre já não é uma arma de combate, mas perdura como símbolo de estatuto, honra e tradição militar: usa-se em desfiles, cerimónias, promoções, o “corredor de sabres” em casamentos militares e como peça de coleção e esgrima histórica.

Da lâmina: anatomia e diferenças técnicas

Para entender as diferenças entre sabres de cavalaria e sabres de infantaria, é preciso olhar para a sua geometria, o equilíbrio e o punho. Cada detalhe responde a uma função concreta: cortar de cima a galope ou controlar um encontro corpo a corpo a pé.

Característica Sabre de cavalaria Sabre de infantaria
Curvatura Pronunciada, favorece cortes fechados da montada. Menor curvatura ou reta, facilita estocadas e manobras em espaços reduzidos.
Comprimento Mais longa (80–90 cm típico em modelos de cavalaria histórica). Mais curta e manejável (60–75 cm em muitos modelos).
Ponto de equilíbrio Adiantado para maior efeito de corte. Próximo ao punho para rapidez na defesa e mudanças de direção.
Guarda Proteção robusta para a mão: potentes guardas e gavilões. Guardas mais simples, desenhadas para manobras rápidas com baioneta ou fusil em mente.
Uso tático Cargas e escaramuças montadas; cortar e desorganizar formações inimigas. Combate cerrado, disciplina de formação e defesa de trincheiras e retaguardas.
Sabre de cavalaria
  • Curvatura: pronunciada
  • Comprimento: 80–90 cm
  • Uso: cortes da montada
Sabre de infantaria
  • Curvatura: menor ou reta
  • Comprimento: 60–75 cm
  • Uso: estocadas e combate a pé

Como eram empregados no campo de batalha

A tática dita a forma: na cavalaria, o sabre é uma extensão do cavaleiro e do cavalo. Uma carga coordenada multiplica a energia do corte. Na infantaria, o sabre devia ser eficaz em encontros individuais, na formação e em ações de choque quando as armas de fogo ficavam em segundo plano.

Manobras típicas de cavalaria:

  • A carga em cunha ou em coluna, onde o sabre cortava linhas abertas de infantaria ou cavalaria inimiga.
  • Emboscadas e hostilização por unidades ligeiras que aproveitaram a leveza e a curvatura do sabre para golpes rápidos.

Manobras típicas de infantaria:

  • Ações corpo a corpo após um assalto à baioneta ou em combates em aldeia e floresta.
  • Defesa de postos, onde a agilidade e a rapidez no pulso eram essenciais.

Modelos emblemáticos e variações culturais

Ao rastrear sabres pelo mapa, descobre-se formas exóticas: a shamshir persa, a shashka russa, a szabla polaca e o briquet francês. Cada cultura adaptou a lâmina ao seu cavalo, ao seu manejo e à sua estética militar.

A spatha romana mostra a continuidade entre a espada longa antiga e os sabres posteriores: uma lâmina pensada para cortes da montada ou infantaria ligeira montada. No mundo eslavo e caucasiano, a shashka impôs-se como arma ligeira e eficaz para cavaleiros nómadas e regimentos imperiais.

O shamshir persa ilustra a elegância curva orientada ao corte, com uma silhueta que inspirou muitas lâminas asiáticas. Por sua vez, a szabla polaca e a karabela exibem decorações e geometrias que refletem um uso tanto prático como social.

 

Sabres na era napoleónica e no século XIX

Durante as guerras napoleónicas, o sabre atingiu a sua canonicidade: comprimento, curva e equilíbrio combinados para impulsionar cargas devastadoras. Modelos como o francês An XI ou o britânico para cavalaria ligeira ditaram a pauta técnica e formal.

O modelo Briquet para infantaria (França, 1767/1806) mostra a adaptação do sabre a serviços a pé: mais curto, prático e duradouro para o soldado de linha. A diversidade de modelos reflete a rápida evolução de táticas e uniformes durante o século XIX.

Quando as balas deixaram o sabre fora do protagonismo

O avanço das armas de fogo, da artilharia e da metralhadora transformou a guerra moderna. As cargas de cavalaria em massa tornaram-se letais e anacrónicas. Ainda assim, o sabre resistiu como símbolo: em desfiles, uniformes de gala e rituais militares.

No século XX, o sabre perdeu utilidade prática, mas ganhou significado simbólico. Oficiais mantiveram-no como distintivo de patente e tradição. Algumas unidades conservaram sabres até meados do século por costume e cerimónias.

Aspetos construtivos: materiais e forja

A qualidade do aço, o tratamento térmico e a forja determinam a resistência e flexibilidade do sabre. Um bom sabre histórico ou réplica deve equilibrar dureza para manter o fio e ductilidade para evitar fraturas. O punho, o protetor de mão e a montada são tão importantes quanto a lâmina para o uso e a estética.

  • Aço e têmpera: Ligas históricas e modernas procuram um equilíbrio entre dureza e resiliência.
  • Montada: Materiais como couro, madeira e metais decorativos descrevem insígnias e estilos.
  • Guarnições: Gavilões e cazoletas protegem a mão na cavalaria; na infantaria prioriza-se a manobrabilidade.

Tática e técnica: cortar, estocar e controlar o terreno

O uso do sabre requer técnicas específicas: saber sincronizar o golpe com a velocidade do cavalo, manter a linha de avanço, e na infantaria, conservar a posição e criar espaços para a estocada. Os melhores cavaleiros usavam o sabre sem forçar o pulso, aproveitando a inércia e a distância.

Na infantaria, a técnica orienta-se à proteção pessoal e à intervenção rápida após um contacto cerrado com o inimigo. Por isso, a curva e o POB (ponto de equilíbrio) diferem entre os tipos.

Cuidados e conservação de réplicas e peças históricas

Manter uma peça em bom estado exige limpeza, proteção contra a humidade e cuidados com o aço. Uma manutenção simples e constante preserva o fio e a decoração. Embora muitos exemplares atuais sejam réplicas, o seu cuidado deve ser rigoroso como o de uma peça antiga para manter valor e estética.

  • Limpeza: eliminar a humidade e impressões digitais com panos adequados.
  • Proteção: uso de óleos leves para evitar corrosão.
  • Armazenamento: suportes e capas que evitem deformações e golpes.

Comparativa prática: o que escolher para colecionar ou recriar?

Se te interessa a recriação histórica, a escolha entre um sabre de cavalaria ou um sabre de infantaria dependerá do teu interesse pela manobra a cavalo, a precisão histórica ou a estética cerimonial. A nível prático, tem em conta o peso, o comprimento e a curvatura segundo a época que queiras recriar.

Uso Vantagem Recomendação
Recriação equestre Realismo em cargas e técnicas de cavaleiro Sabre de cavalaria com comprimento e curvatura históricas
Recriação a pé Agilidade e verosimilhança em combate cerrado Sabre de infantaria tipo briquet ou modelo regulamentar
Coleção e exposição Valor estético e histórico Modelos emblemáticos com boa fatura e acabamentos

Sabres em exposição e na vida moderna

Embora já não combatam na frente, os sabres acompanham cerimónias, desfiles e tradições militares. O uso no uniforme de gala mantém viva uma ligação simbólica com o passado: coragem, liderança e disciplina. Além disso, colecionadores e praticantes de esgrima histórica mantêm técnicas e réplicas vivas.

Recursos para aprofundar: leituras e referências técnicas

Para quem quiser estudar em profundidade, as monografias sobre armamento do século XVIII e XIX, tratados de esgrima histórica e estudos sobre cavalaria são fontes imprescindíveis. Compreender o contexto tático e manufatureiro oferece uma visão completa do sabre como ferramenta e símbolo.

Sabres em catálogo: réplicas e modelos populares

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A oferta moderna de réplicas permite aproximar-se de formas históricas com materiais atuais. Ao escolher uma réplica, procura fidelidade em dimensões e proporções para que as técnicas e a perceção histórica sejam coerentes.

Palavras finais sobre o fio e a história

Os sabres de cavalaria e os sabres de infantaria resumem séculos de adaptação militar. Um nasce para aproveitar a velocidade do cavalo; o outro, para dominar o corpo a corpo a pé. Ambos, no entanto, partilham um legado: forja, manobra e simbolismo. Hoje, estudam-se, colecionam-se e veneram-se como peças que conectam as gerações com a arte da guerra e a disciplina do militar.

Se te atrai a história de armas brancas, olhar um sabre com olhos técnicos e poéticos é ler um capítulo da história militar. A sua silhueta curva continua a narrar por que o homem procurou sempre uma arma que harmonizasse com o seu corpo, a sua montada e o seu tempo.

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