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Desvendando o fio da história: Guia definitivo para identificar um autêntico sabre napoleónico

Alguma vez se perguntou se aquele sabre antigo, transmitido de geração em geração, poderia ser uma relíquia autêntica das guerras napoleónicas? Por trás do brilho de cada lâmina esconde-se uma história, um legado que o transporta para os campos de batalha onde a astúcia militar forjou um império. Descubra com este guia como diferenciar uma peça de colecionador de uma simples imitação.

Os sabres pessoais de Napoleão: Uma ligação com a história

Napoleão Bonaparte, uma das figuras mais influentes da história, empunhou vários sabres que se tornaram símbolos da sua ascensão e das suas campanhas. Estas armas, para além da sua função bélica, eram extensões do seu poder e do seu legado. Aprofundar as suas peças pessoais permite-nos compreender a mestria artesanal e o simbolismo de uma época.

Denominação/Contexto Uso Histórico Características Distintivas e Manufatura
Sabre da Campanha de Itália (General) Utilizado como general nas campanhas de Itália (possivelmente 1798), onde adquiriu glória e respeito. Possui guarda de estribo dourada, cinzelada com plantas estilizadas, pomo gallonado e punho de ébano preto. A lâmina é curva, damasquinada e azulada, possivelmente artesanato otomano ou egípcio. Está decorada com um busto de mameluco com dourados e uma inscrição com um capacete com crista, balas de canhão e um tambor. Fabricado em Versalhes por Nicolás Noel Boutet.
Espada do Acampamento de Bolonha (Cônsul Vitalício) Utilizada nos acampamentos de Bolonha, enquanto preparava a invasão a Inglaterra. Espada com guarda de estribo, caracterizada por levar cinco bolas tanto na guarda como na concha, um estilo típico inglês em voga em França nessa época. A concha é trabalhada com a figura nua do deus Marte. A lâmina é reta, azul na sua primeira parte e gravada a dourado com troféus antigos.
Espada de Austerlitz (Imperador) Utilizada na Batalha de Austerlitz (1805), a sua batalha mais famosa, também conhecida como a Batalha dos Três Imperadores. É considerada a sua peça mais singular e de maior prestígio. É uma peça toda dourada. A guarnição é de ouro, com baixos-relevos cinzelados e gravados. Na concha voltada leva o busto de Napoleão entre louros. O pomo tem um capacete entre louros; no punho apreciam-se os perfis de Hércules e Alexandre Magno. A lâmina é reta, damasquinada e decorada a azul e ouro. Uma inscrição adicionada em 1896 por Biennais a identifica.
Sabre de Santa Helena (Exílio) Possivelmente a sua peça favorita, levou-a consigo para o seu cativeiro na ilha de Santa Helena até à sua morte em 1821. Apresenta uma guarnição “à turca”. O punho termina com uma distintiva cabeça de cavalo encilhado, unindo os gabilanes retos com uma pequena corrente. A lâmina é curva e leva a marca de Sollingen. Destaca-se por uma inscrição em árabe, gravada de forma tosca, que reza: “Aniquilarás os teus inimigos e protegerás os muçulmanos”. A guarnição e a bainha estão assinadas por Abraham Tilberg, armeiro da corte de Estocolmo.
Sabre da Campanha de Itália (General)
  • Uso Histórico: Utilizado como general nas campanhas de Itália (possivelmente 1798), onde adquiriu glória e respeito.
  • Características Distintivas e Manufatura: Possui guarda de estribo dourada, cinzelada com plantas estilizadas, pomo gallonado e punho de ébano preto. A lâmina é curva, damasquinada e azulada, possivelmente artesanato otomano ou egípcio. Está decorada com um busto de mameluco com dourados e uma inscrição com um capacete com crista, balas de canhão e um tambor. Fabricado em Versalhes por Nicolás Noel Boutet.
Espada do Acampamento de Bolonha (Cônsul Vitalício)
  • Uso Histórico: Utilizada nos acampamentos de Bolonha, enquanto preparava a invasão a Inglaterra.
  • Características Distintivas e Manufatura: Espada com guarda de estribo, caracterizada por levar cinco bolas tanto na guarda como na concha, um estilo típico inglês em voga em França nessa época. A concha é trabalhada com a figura nua do deus Marte. A lâmina é reta, azul na sua primeira parte e gravada a dourado com troféus antigos.
Espada de Austerlitz (Imperador)
  • Uso Histórico: Utilizada na Batalha de Austerlitz (1805), a sua batalha mais famosa, também conhecida como a Batalha dos Três Imperadores. É considerada a sua peça mais singular e de maior prestígio.
  • Características Distintivas e Manufatura: É uma peça toda dourada. A guarnição é de ouro, com baixos-relevos cinzelados e gravados. Na concha voltada leva o busto de Napoleão entre louros. O pomo tem um capacete entre louros; no punho apreciam-se os perfis de Hércules e Alexandre Magno. A lâmina é reta, damasquinada e decorada a azul e ouro. Uma inscrição adicionada em 1896 por Biennais a identifica.
Sabre de Santa Helena (Exílio)
  • Uso Histórico: Possivelmente a sua peça favorita, levou-a consigo para o seu cativeiro na ilha de Santa Helena até à sua morte em 1821.
  • Características Distintivas e Manufatura: Apresenta uma guarnição “à turca”. O punho termina com uma distintiva cabeça de cavalo encilhado, unindo os gabilanes retos com uma pequena corrente. A lâmina é curva e leva a marca de Sollingen. Destaca-se por uma inscrição em árabe, gravada de forma tosca, que reza: “Aniquilarás os teus inimigos e protegerás os muçulmanos”. A guarnição e a bainha estão assinadas por Abraham Tilberg, armeiro da corte de Estocolmo.

O lendário sabre de Marengo: Uma arma de valor incalculável que forjou um império

Sabre de Napoleão empuñadura

Entre todas as armas pessoais do Imperador, o Sabre de Marengo destaca-se pelo seu imenso valor histórico e económico. Utilizado por Napoleão na decisiva Batalha de Marengo em 1800, foi um instrumento chave na sua consolidação como Primeiro Cônsul. Esta peça tão significativa foi leiloada em 2007, atingindo a surpreendente cifra de 4,8 milhões de euros, um recorde mundial para um sabre e uma recordação do Imperador.

O sabre, com a sua lâmina curva damasquinada, provavelmente de Solingen e gravada a água forte, levava uma inscrição na bainha: “Sabre de Napoleão o Grande na batalha de Marengo”. Uma peça tão evocativa que, ainda hoje, continua a fascinar pela sua história e pela sua ligação com um dos estrategas militares mais brilhantes de todos os tempos.

Um passeio pela história: Cronologia dos sabres napoleónicos

A história dos sabres napoleónicos é tão rica quanto as batalhas em que foram empunhados. Desde os primeiros briquets até aos complexos desenhos de cavalaria, cada arma reflete a evolução militar e cultural da época. Acompanhe-nos numa viagem através dos eventos mais importantes que marcaram o design e o uso destas peças lendárias.

Época Evento
Período de consolidação e armamento regulamentar inicial
1767 Introdução do sabre curto tipo briquet em França: eficaz em combate corpo a corpo e como ferramenta de acampamento; será o sabre por excelência das tropas francesas de ocupação desde 1808 e Napoleão irá expandir o seu uso a regimentos de linha, granadeiros e artilharia.
1769 Nascimento de Napoleão Bonaparte.
1797–1798 Campanhas de Itália: Napoleão oferece cerca de uma centena de sabres aos seus heróis (prática em 1797 e 1798). Peça A: sabre com guarda de estribo, lâmina curva damasquinada (provavelmente otomana ou egípcia) decorada com luas crescentes, sóis e busto de mameluco.
1799 (novembro) Golpe de 18 de Brumário: consolidação como Primeiro Cônsul. O sabre de Marengo fica associado ao início do seu poder após o golpe.
1800 (14 de junho) Batalha de Marengo: Napoleão utiliza o célebre sabre de Marengo, realizado pela manufatura de Versalhes e desenhado por Nicolas-Noël Boutet; lâmina curva damasquinada (possível proveniência de Solingen).
1800 (Année IX) Introdução do sabre Modelo AN IX para cavalaria pesada: lâmina reta e plana; as tropas queixaram-se do seu peso excessivo.
1800–1802 Acampamentos de Bolonha (preparação da invasão a Inglaterra): Napoleão emprega uma espada (peça B) com guarda de estribo que leva cinco bolas tanto na guarda como na concha (traço típico inglês); lâmina reta. Durante este período Napoleão é Cônsul Vitalício.
1802 (Année XI) Introdução do sabre Modelo AN XI (cavalaria pesada e ligeira): modificação da lâmina reta incorporando quatro vácuos (canais) para a aliviar mantendo a rigidez; torna-se um padrão chave para a cavalaria ligeira.
1803 (Grã-Bretanha) É autorizado na Grã-Bretanha um padrão de sabre para oficiais de infantaria inspirado no sabre de cavalaria ligeira de 1796.
1804 (Année XIII) Proclamação de Napoleão como Imperador. Introdução do sabre Modelo AN XIII (cavalaria pesada): aperfeiçoamento do AN XI, com variações na guarnição; torna-se padrão para os Couraçados.
Período imperial, uso de gala e declínio
2 de dezembro de 1805 Batalha de Austerlitz: Napoleão emprega uma espada (peça C) de grande prestígio —toda dourada, lâmina reta— cuja concha virada mostra o busto de Napoleão entre louros.
1806 O sabre briquet é nomeado oficialmente em França (embora existisse desde 1767). É um sabre curto (≈75 cm) e de lâmina curva (≈59 cm); os colecionadores denominam-no M1806 pelo seu uso no exército napoleónico.
7 de outubro de 1807 Decreto imperial que restringe o uso do sabre briquet na infantaria a suboficiais, granadeiros, carabineiros e tamborileiros, refletindo a estandardização e especialização do armamento.
Abril de 1814 Primeira abdicação de Napoleão: a Manufacture Royale de Klingenthal continua a produzir o sabre AN XIII sob o novo nome “Real”, mantendo os mesmos inspetores do Império.
18 de junho de 1815 Batalha de Waterloo: fim do poder de Napoleão. Foi empregado o sabre de cavalaria pesada britânico 1796 nesse conflito; Napoleão é exilado para Santa Helena.
1815–1821 Cativeiro na ilha de Santa Helena: Napoleão leva consigo o sabre de Santa Helena (peça D), que conserva até à sua morte em 1821. Características: guarnição “à turca”, punho terminado em cabeça de cavalo e lâmina curva com inscrição em árabe.
1827 Fabrico da Antiga Espada Francesa Modelo 1816 para suboficial de artilharia pela Manufacture Royale de Klingenthal (setembro de 1827).
2007 Leilão do sabre de Marengo: vendido por 4,8 milhões de euros.
Séc. XXI (atualidade) Localização de peças pessoais: as quatro peças principais de Napoleão (A, B, C e D) encontram-se no Museu do Exército — Les Invalides em Paris, embora o sabre de Marengo tenha sido leiloado em 2007.

Armamento regulamentar da Grande Armée: A forja do poder imperial

A eficiência da Grande Armée de Napoleão não residia apenas no seu génio estratégico, mas também na estandardização e qualidade do seu armamento. Cada sabre, cada espada, foi desenhado com um propósito específico, adaptado às necessidades de cada corpo do exército.

A cavalaria: O fio da velocidade e o impacto

Napoleão dividia a sua cavalaria em duas grandes categorias, e os seus sabres refletiam esta distinção:

Corpo de Cavalaria Modelo Chave Características Técnicas Chave Tática Dominante
Cavalaria Pesada (Couraçados, Carabineiros) AN XIII (1804), evolução do AN IX e AN XI. Lâminas retas e robustas, otimizadas para a estocada. Os modelos AN XI e AN XIII incorporaram quatro gumes (acanaladuras) na lâmina para a aliviar e manter a sua rigidez. A guarda do AN XIII uniu-se diretamente do punho. Carga de choque, penetração e estocada decisiva.
Cavalaria Ligeira (Hussardos, Caçadores) AN IV / AN XI. Lâminas curvadas e ligeiras, com um comprimento de lâmina aproximado de 75–82 cm. Desenho otimizado para o corte rápido e a escaramuça. Escarapuça, reconhecimento e cortes rápidos a cavalo.
Cavalaria Pesada (Couraçados, Carabineiros)
  • Modelo Chave: AN XIII (1804), evolução do AN IX e AN XI.
  • Características Técnicas Chave: Lâminas retas e robustas, otimizadas para a estocada. Os modelos AN XI e AN XIII incorporaram quatro gumes (acanaladuras) na lâmina para a aliviar e manter a sua rigidez. A guarda do AN XIII uniu-se diretamente do punho.
  • Tática Dominante: Carga de choque, penetração e estocada decisiva.
Cavalaria Ligeira (Hussardos, Caçadores)
  • Modelo Chave: AN IV / AN XI.
  • Características Técnicas Chave: Lâminas curvadas e ligeiras, com um comprimento de lâmina aproximado de 75–82 cm. Desenho otimizado para o corte rápido e a escaramuça.
  • Tática Dominante: Escarapela, reconhecimento e cortes rápidos a cavalo.

Infantaria e Artilharia: O briquet, uma arma para a trincheira

O Sabre Briquet, o sabre curto regulamentar da infantaria, foi uma arma omnipresente nas fileiras napoleónicas.

  • Uso: Adotado pela infantaria, granadeiros e artilharia, o seu uso foi ampliado por Napoleão a regimentos de linha.
  • Função: Desenhado para o combate corpo a corpo e útil em formações fechadas, o briquet permitia golpes de ponta perigosos e investidas eficazes.
  • Descrição: Um sabre curto de lâmina curva, com um comprimento total de 74 a 78 cm. O seu punho era de latão e apresentava o característico guardamão curvo.

A Manufatura e o estatuto: Quando o sabre se torna insígnia

Sabre briquet francês da época napoleónica, século XIXA produção de sabres na era napoleónica era uma sinfonia de precisão e controlo. As manufaturas estatais, como a famosa Klingenthal, eram o coração desta indústria, onde a qualidade era primordial.

Controlo de qualidade e rastreabilidade

Cada lâmina era submetida a um rigoroso sistema de controlo de qualidade, marcado com punções que certificavam o seu padrão e permitiam rastrear a sua data de produção. Esta infraestrutura de produção era tão robusta que inclusive transcendeu as mudanças de regime, adaptando-se com o tempo mas mantendo sempre os altos padrões.

A distinção do oficial: Uma arma de prestígio

Embora os regulamentos procurassem a uniformidade, os sabres de oficial eram uma exceção. Permitiam uma “construção mais trabalhada”, transformando estas armas em verdadeiras obras de arte. Com guarnições de latão ou bronze ornamentado, frequentemente douradas, o sabre do oficial era uma insígnia social que reforçava a sua autoridade e estatuto dentro do império.

Resolva as suas dúvidas sobre os sabres napoleónicos

Quais são as diferenças principais entre os sabres de cavalaria ligeira e os de cavalaria pesada?

As diferenças principais entre os sabres de cavalaria ligeira e os de cavalaria pesada são o seu design, peso, curvatura e função em combate.

  • Sabres de cavalaria ligeira: São mais leves, com lâminas mais finas, estreitas e com uma curvatura pronunciada. Estão desenhados para a velocidade e agilidade, permitindo manobras rápidas e cortes eficazes a cavalo. O seu peso é menor para facilitar movimentos velozes e reconhecimentos, sendo ideais para ataques rápidos e hostilidades.
  • Sabres de cavalaria pesada: São mais pesados, robustos e com lâminas mais largas e menos curvas. Estão destinados a desferir ataques contundentes para romper linhas inimigas, com um design focado na força e no poder de penetração, adequados para enfrentar infantaria ou cavalaria pesada. São menos ágeis mas mais eficazes em golpes de impacto.

Os sabres ligeiros priorizam a manobrabilidade e velocidade com uma lâmina mais curva e ligeira, enquanto os pesados procuram potência e força com uma lâmina mais larga, pesada e de curvatura reduzida.

Que materiais eram utilizados nos punhos dos sabres napoleónicos?

Nos punhos dos sabres napoleónicos eram utilizados vários materiais, dependendo do ranque e da função da arma.

Os materiais mais comuns incluíam latão ou bronze dourado para a guarnição e os elementos decorativos. Para o punho propriamente dito, empregava-se marfim ou madeira folheada, frequentemente decorada com motivos como cabeças de cavalo ou outros ornamentos. Em alguns casos, o punho também era recoberto com couro e arame de latão, particularmente nos sabres de ranque mais elevado.

Nas peças de oficiais de maior ranque, os punhos podiam ser enriquecidos com incrustações em ouro e inscrições pessoais, o que as distinguia como armas de prestígio. A guarda costumava ser arredondada nos briquet (sabres curtos) e podia ser reforçada nos sabres de cavalaria.

O núcleo estrutural era geralmente de madeira, que proporcionava leveza e resistência, sobre a qual se aplicavam os materiais decorativos e funcionais mencionados.

Como se identificam as réplicas de sabres napoleónicos autênticos?

Sabre de NapoleãoAs réplicas autênticas de sabres napoleónicos identificam-se pela sua fidelidade aos modelos históricos em proporções, design e acabamentos. Devem apresentar lâminas curvadas e ligeiras para cavalaria ligeira, ou retas e maciças para cavalaria pesada, com guardas fechadas e guardamãos pronunciados para proteção. Os materiais costumam ser aço carbono ou aço inoxidável, com punhos de latão envelhecido e bainhas de latão ou ferro. A autenticidade também se comprova pelo equilíbrio, pelo peso (entre 0,6 e 1,1 kg), pela presença de marcas de fábrica e pela coerência das decorações com os padrões históricos.

Que técnicas de fabrico eram empregadas nos sabres napoleónicos?

Os sabres napoleónicos eram fabricados através de técnicas de forja altamente especializadas que combinavam arte e precisão técnica.

Seleção e tratamento do aço: A qualidade do sabre dependia fundamentalmente dos materiais utilizados. As melhores lâminas eram fabricadas com aço de Damasco ou, posteriormente, com aço carbono de alta qualidade. Estes materiais ofereciam a combinação ótima de dureza e flexibilidade necessária para uma arma de combate eficaz.

Têmpera localizada: Uma técnica fundamental era a têmpera diferenciada da lâmina. Os espadeiros experientes sabiam como temperar a lâmina para que fosse extremamente dura no fio, mas mais flexível na parte de trás. Este processo era crucial para evitar que a lâmina se partisse sob uma forte tensão durante o combate. As lâminas originais eram produzidas com têmpera localizada, o que permitia que diferentes partes da lâmina tivessem propriedades mecânicas distintas de acordo com a sua função.

Fabrico de punhos: Os punhos eram geralmente feitos de madeira e envolvidos com couro ou arame para garantir uma aderência segura. Nos sabres de oficiais, eram utilizados materiais mais nobres como o marfim ou o nácar, o que adicionava tanto funcionalidade como distinção social à arma.

Bainhas e acabamentos: As bainhas eram fabricadas integralmente em madeira, forradas de couro espesso e guarnecidas com ferragens. As bainhas eram de latão ou ferro, frequentemente revestidas para maior durabilidade e proteção.

Marcas e personalização: Muitas peças levavam gravados com a data e a oficina de fabrico, permitindo identificar a sua proveniência. Os centros de forja mais prestigiados como Klingenthal, Toledo e centros de forja franceses deixavam a sua marca característica nas lâminas e guardas. As lâminas podiam levar decorações como troféus de armas, louros e motivos mitológicos, enquanto em peças de alto ranque eram utilizadas incrustações em ouro ou inscrições pessoais.

Que simbolismo tinham os sabres napoleónicos na época?

Os sabres napoleónicos simbolizavam honra, distinção, poder militar e ranque entre os oficiais durante a época napoleónica. Além de serem armas de combate, representavam a identidade, o orgulho e a autoridade do exército francês, refletidos em detalhes decorativos como punhos dourados, louros e figuras mitológicas que reforçavam o prestígio e o comando dos seus portadores. Eram também um símbolo cultural de cavalaria, valentia e tradição militar no contexto das campanhas e da imagem pública da época.

O legado do sabre napoleónico: Um eco no tempo

Os sabres e espadas da era napoleónica não são apenas objetos históricos; são símbolos de uma época de transformação militar e cultural. O seu estudo permite-nos compreender a evolução da esgrima de combate europeia e a sofisticação da manufatura de armas da época.

Atualmente, estas peças são muito valorizadas por colecionadores, e o mercado de réplicas de alta qualidade, fabricadas em centros artesanais como os de Toledo, continua a manter viva a tradição. Inclusive a curiosa arte do “sabrage”, abrir uma garrafa de champanhe com um sabre para celebrar a vitória, atribui-se a Napoleão, evidenciando como estas armas transcenderam os campos de batalha para se enraizar na cultura popular.

Através da história, o sabre napoleónico ilustrou a perfeita união entre a pragmática engenharia militar para a tropa e o simbolismo exaltado das peças de oficial, como o célebre Sabre de Marengo ou a Espada de Austerlitz.

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